ATMA Assembleia
- madgermanes.net

- 1 de dez.
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Atualizado: há 2 dias

Em 17 de fevereiro de 2016, três meses após a visita do então ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, 252 membros da Associação de Ex-Trabalhadores Moçambicanos na Alemanha (ATMA) tiveram uma surpresa desagradável. Na assembleia geral da associação, fundada em 2007, um ano após a visita do então presidente federal Horst Köhler, com financiamento da Embaixada Alemã em Maputo, eles descobriram que a direcção havia desviado todas as contribuições dos membros dos últimos seis anos. Durante a acalorada discussão, veio à tona que, durante todo esse período, também não foram realizadas negociações com o governo. Como comprovam os documentos, a Embaixada Alemã também foi informada. No entanto, isso não mudou nada, e o grupo infiltrado por membros do Serviço Secreto de Moçambique (SISE) continuou a ser instrumentalizado no famoso «Jardim dos Madgermanes».
COMUNICADO
Os membros da ATMA- Associação dos Antigos Trabalhadores Moçambicanos na Alemanha, reunidos extraordinariamente em Assembleia-geral na Quarta-feira dia 17 de Fevereiro de 2016, e no respeito do plasmado nos Estatutos dessa agremiação, servem se do presente oficio para comunicar aos colegas membros de Direcção dos orgãos sociais desta Associação, que cessam imediatamente das suas funções. Para o seu lugar fica uma Comissão para dirigir os destinos da agremiação incluindo a preparação de eleições de novos membros directivos.
Sem mais de momento, subscrevemo-nos com elevada estima e consideração.
Comunique-se:
Ade Tamimo (Presidente da Mesa)
José Alfredo Cossa (Presidente da Direcção) Arnaldo Soares Mendes (Vice-presidente da Direcção)
Juma Madeira (Presidente Fiscal)
C/C:
Ministério do Trabalho
Assembleia da República
Procuradoria-geral da República
Conselho Municipal da Cidade de Maputo
Comando Geral da Polícia
Comando da Cidade de Maputo
Embaixada Alemā

ACTA DA ASSEMBLEIA-GERAL
Realizou-se na Quarta-feira dia dezassete de Fevereiro de Dois mil e dezasseis das treze horas até as catorze horas e trinta e um minutos, a reunião de Assembleia-geral da Associação dos Antigos Trabalhadores Moçambicanos na Alemanha (ATMA), que contou com a presença de Duzentos e cinquenta e dois membros. A Assembleia-geral teve lugar no Jardim da Liberdade (vulgo magermane) no Bairro do Alto-Maé na Cidade de Maputo.
A mesma foi dirigida pelo Senhor Constantino Manuel Chinguimane, na qualidade de representante da Comissão de trabalho até a realização de eleições internas. Este por sua vez começou por saudar a todos os presentes e em seguida procedeu a apresentação da Comissão por si representada.
Mais adiante deu a conhecer a seguinte Agenda de trabalho: Saudação aos presentes, Apresentação da Comissão de trabalho, Apresentação do Relatório de actividades da Direcção cessante, Debate em torno do relatório de actividades e Diversos.
O então presidente da Direcção da ATMA senhor José Alfredo Cossa, fez a leitura do Relatório de actividades que versava essencialmente sobre os contornos dos diversos encontros que manteve com senhor Caetano Rubene, omitindo ou não apresentando a saúde financeira da Associação, a situação real do pagamento das cotas e sua gestão, não apresentou também a situação actual das contas bancárias e demais questões de interesse da ATMA.
Dai começaram as intervenções com o senhor Francisco Gazeta, a querer saber o porque do comportamento da Direcção em proferir palavras injuriosas sempre que um membro apresenta uma dúvida? O senhor Nelson Munhequete questionou o porque que levaram seis anos a mentir, alegando que estavam a negociar com o governo enquanto nada disso estava a acontecer? O senhor Mohamed começou por se desculpar, dizendo que a única coisa que o senhor Cossa trouxe foi a vedação do jardim e mais nada. Porque pelo tempo perdido leva a crer que não haviam negociações. O senhor Constantino perguntou a direcção se durante esse tempo todo os membros não pagavam cotas porque não vem contido no relatório. O colega Pope disse que a Comissão em exercício em pouco tempo conseguiu apurar que não haviam negociações nenhuma com o governo e que tudo não passava e não passa de uma pura mentira.
Findo as intervenções, os membros deliberaram que a Direcção cessava imediatamente das suas funções e a Comissão continuaria a dirigir os trabalhos até a data das eleições.
Com a permissão de todos os membros presentes, essa acta vai assinada pela Comissão de trabalho.
Maputo, 17 de Fevereiro de 2016

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